Os trabalhadores da Johnson & Johnson em São José dos Campos iniciaram uma greve por tempo indeterminado na manhã da última terça-feira (26), reivindicando principalmente um reajuste no valor do ticket alimentação. O movimento foi confirmado pelo Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e Região, que também aponta como motivo a desigualdade salarial entre funcionários que ocupam os mesmos cargos.
A paralisação começou às 5h30, com os trabalhadores do primeiro turno, após diversas tentativas de negociação frustradas. Segundo Wellington Cabral, secretário-geral do Sindicato, a empresa apresentou propostas insuficientes e se recusou a implementar mudanças no ticket alimentação ainda este ano, propondo o reajuste apenas para 2024.
Pontos de reivindicação
- Reajuste imediato do ticket alimentação, ainda em 2024;
- Equiparação salarial para funcionários que ocupam o mesmo cargo;
- Acompanhamento das perdas salariais frente à inflação.
Segundo o Sindicato, aproximadamente 4 mil trabalhadores aderiram à greve, que foi votada em assembleia no início da manhã com ampla adesão.
Lucros em contraste com as reivindicações
O Sindicato critica a postura da multinacional norte-americana, que registra lucros bilionários, mas mantém benefícios considerados insuficientes pelos trabalhadores. Em 2023, a Johnson & Johnson alcançou um lucro líquido de US$ 13,3 bilhões, e a Kenvue, subsidiária da companhia, já acumulou mais de US$ 1 bilhão de lucro líquido em 2024.
A empresa é dona de marcas de renome como Band-Aid, Listerine, Neutrogena, Johnson’s e Tylenol, que continuam apresentando desempenho positivo no mercado global.
Legalidade da greve
O Sindicato protocolou as pautas de reivindicação junto à fábrica no dia 21 de novembro, cumprindo todos os trâmites legais para a realização da paralisação.
Próximos passos
A greve segue sem previsão de término, enquanto os trabalhadores mantêm a mobilização até que a Johnson & Johnson atenda às demandas. O Sindicato reforça que a luta continuará com unidade e firmeza.
“A empresa precisa reconhecer as demandas legítimas da categoria. Não vamos aceitar que continuem a explorar a força de trabalho enquanto apresentam lucros exorbitantes” — afirma Wellington Cabral.
Fonte: quimicosjc.org.br/
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