Os trabalhadores da Avibras, em Jacareí, realizaram uma passeata nesta quinta-feira (21) exigindo o pagamento integral dos salários e multas trabalhistas devidos pela empresa. Cerca de 80 pessoas participaram da manifestação, que começou no centro da cidade, passou pela Prefeitura e terminou na Câmara Municipal.
Rejeição à proposta do investidor
Antes da passeata, os trabalhadores participaram de uma plenária organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, onde rejeitaram a proposta apresentada pelo possível comprador da Avibras. A proposta incluía o parcelamento dos 19 salários atrasados em 13 vezes e a renúncia às multas por atraso salarial, o que foi considerado inaceitável.
O Sindicato exige que o pagamento seja feito integralmente e em, no máximo, quatro parcelas. “A proposta apresentada pelo investidor não atende às necessidades dos trabalhadores. O poder público não pode permanecer omisso diante de uma situação dessa gravidade”, afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
Cobrança ao poder público
Durante a passeata, cartas foram entregues ao atual prefeito de Jacareí, Izaías Santana (PSDB), e ao prefeito eleito, Celso Florêncio (PL), pedindo que se posicionem publicamente e cobrem da Avibras, do investidor e dos governos estadual e federal uma solução para a crise trabalhista.
Os manifestantes também protestaram na Câmara Municipal, exigindo apoio dos vereadores. “Queremos que todos os níveis de governo assumam sua responsabilidade e garantam o pagamento dos direitos dos trabalhadores”, declarou um dirigente sindical.
Próximos passos
Uma nova reunião entre o Sindicato e o investidor interessado na Avibras está marcada para esta sexta-feira (22), às 14h. Nas negociações anteriores, não houve acordo.
O Sindicato promete intensificar os protestos até que os direitos trabalhistas sejam pagos. A mobilização busca pressionar todas as partes envolvidas, reforçando a luta por justiça e dignidade para os trabalhadores afetados pela crise da Avibras.
Contexto da crise
A Avibras, uma das maiores indústrias de defesa do Brasil, enfrenta uma grave crise financeira, que resultou no atraso de 19 meses de salários e no acúmulo de multas trabalhistas. A situação tem gerado forte mobilização em Jacareí, onde a fábrica é uma importante fonte de emprego e renda para a região.
Fontes: sindmetalsjc.org.br/
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