Com o fim das negociações para a venda da Avibras a um investidor privado, o Sindicato que representa os trabalhadores da maior indústria de defesa do Brasil intensificou sua mobilização, cobrando ações concretas do governo federal para preservar a empresa e garantir os direitos trabalhistas.
Negociações em Brasília
Na última semana, dirigentes sindicais viajaram a Brasília para reuniões com representantes do Ministério da Defesa, Gabinete da Presidência da República e Casa Civil. Durante os encontros, foi informado que outras empresas demonstraram interesse na compra da Avibras e que negociações estão em andamento. Apesar disso, a frustração permanece alta entre os trabalhadores, especialmente após a desistência do investidor anterior, que encerrou as tratativas depois de 45 dias de negociações.
Essa desistência deixou cerca de 20 salários atrasados e aumentou a pressão por uma solução rápida. O Sindicato argumenta que o governo deve assumir um papel ativo nas negociações e propõe, entre outras medidas, a antecipação do pagamento de um contrato de R$ 360 milhões que o Exército brasileiro mantém com a fábrica.
Manifestação no BNDES
No dia 5, o Sindicato também se mobilizou no Rio de Janeiro, realizando uma manifestação em frente à sede do BNDES. Durante a reunião com representantes do banco, foi destacada a necessidade de liberação de recursos para que a fábrica volte a operar e regularize os pagamentos atrasados. Contudo, o banco condicionou qualquer apoio à troca de controle da empresa, reforçando a importância de novos investidores no processo.
Apoio local e proposta de estatização
Além das ações junto ao governo federal, o Sindicato busca apoio das Câmaras Municipais de São José dos Campos e Jacareí, onde a Avibras está localizada. No dia 10, foi realizada uma manifestação na Câmara de São José dos Campos, e uma moção de apoio à causa será votada nesta terça-feira (17).
Para o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, a solução pode vir de uma estatização da Avibras, ou de um modelo de parceria público-privada que conte com maior envolvimento do estado. “Estamos falando de uma indústria bélica estratégica para a soberania do país. O governo Lula já demorou demais para intervir nessas negociações”, afirmou Weller.
Com a crise da Avibras, milhares de empregos estão em risco, além de toda a cadeia produtiva ligada à empresa. Enquanto novas negociações são realizadas, a pressão por respostas efetivas e rápidas só aumenta, refletindo a urgência de preservar um dos principais pilares da indústria de defesa nacional.
Fonte: sindmetalsjc.org.br/
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