ASSECRE se pronuncia após greve de metalúrgicos em São José

A ASSECRE – Associação das Empresas do Vale do Paraíba – divulgou um comunicado em resposta à greve dos metalúrgicos em São José dos Campos, que resultou na interrupção das atividades de uma fábrica com cerca de 100 funcionários, cuja principal cliente é a Embraer. A associação defende a criação de um diálogo construtivo e a necessidade de Convenções Coletivas de Trabalho para garantir a segurança jurídica.

A manifestação ocorre em um contexto crítico, onde, apesar da proposta da empresa para a renovação das cláusulas sociais e um reajuste salarial acima da inflação (INPC), o Sindicato dos Metalúrgicos mobilizou cerca de 20 homens para obstruir a entrada dos trabalhadores na fábrica. Essa ação ocorreu mesmo com uma reunião agendada para o mesmo dia, 15 de outubro.

A ASSECRE enfatiza que o bloqueio da entrada configura uma violação da Lei de Greve, que proíbe impedimentos ao acesso dos funcionários ao local de trabalho. A associação lembrou que a legislação permite apenas métodos pacíficos de persuasão por parte do sindicato. Para garantir a segurança dos trabalhadores que optaram por não aderir à greve, a Polícia Militar prestou apoio, permitindo que retornassem ao trabalho.

A falta de uma Convenção Coletiva de Trabalho há mais de sete anos entre o Sindicato dos Metalúrgicos e os principais Sindicatos Patronais, incluindo setores como a indústria de peças automotivas, aeroespacial, eletroeletrônica e máquinas e equipamentos, tem gerado um cenário de insegurança jurídica. Essa situação compromete a proteção dos trabalhadores, que operam sem um piso salarial ou direitos sociais uniformes.

A ASSECRE ressalta a importância de um diálogo construtivo com o Sindicato dos Metalúrgicos, enfatizando que a falta de negociação pode afastar investimentos e contribuir para um clima de incerteza no ambiente de negócios.

Fonte: meon.com.br/noticias/rmvale/