A Boeing anunciou que vai demitir 17 mil funcionários em todo o mundo, o que representa 10% da força de trabalho da companhia. Em São José dos Campos, a empresa conta com cerca de 660 empregados.
Nos Estados Unidos, os 33 mil funcionários estão em greve há mais de um mês, e a Boeing anunciou que vai atrasar a entrega das aeronaves 777X em um ano, com perdas que podem chegar a US$ 5 bilhões no terceiro trimestre.
O impasse a respeito dos salários trava as negociações com os trabalhadores. A Boeing enfrenta uma crise de confiabilidade na qualidade de seus aviões e naves espaciais. No início de 2024, a explosão do painel de uma porta durante um voo de um novo jato Max da Alaska Airlines desencadeou uma nova crise. A missão da nave espacial Starliner, que foi ao espaço e voltou à Terra sem dois astronautas levados para a Estação Espacial Internacional, também levantou questões sobre os negócios da Boeing.
Os funcionários foram comunicados sobre a crise da empresa por e-mail, mas em São José dos Campos não há indicativos de como ficará a situação dos empregados. No site da empresa no Brasil, atualmente não há vagas de emprego disponíveis para a cidade do Vale do Paraíba.
A CEO Kelly Ortberg afirmou em mensagem aos funcionários que a redução significativa é necessária “para nos alinharmos à nossa realidade financeira”, após uma greve de milhares de trabalhadores que interrompeu a produção dos jatos 737 MAX, 767 e 777. O projeto 777X, que deveria ter sido concretizado em 2010, enfrenta mais um atraso.
A Boeing “deve redefinir nossos níveis de força de trabalho para alinhá-los com nossa realidade financeira”, disse Ortberg à equipe da empresa. “Nos próximos meses, estamos planejando reduzir o tamanho de nossa força de trabalho total em cerca de 10%”, acrescentou, destacando que essas reduções incluirão executivos, gerentes e funcionários.
Fonte: www.vale360news.com.br
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