Durante a Semana Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a jovem cientista Clara Cavalheiros, de 20 anos, natural de São José dos Campos, compartilhou sua trajetória de sucesso e os desafios da participação feminina nas áreas de ciência e tecnologia.
Mesmo em um campo ainda predominantemente masculino, Clara já acumula prêmios e se tornou um destaque nacional, buscando incentivar outras mulheres a ingressarem na área.
A paixão pela ciência começou cedo. Aos 16 anos, Clara participou de uma feira científica e, ao ver seu projeto premiado nacional e internacionalmente, decidiu seguir carreira na área. Hoje, ela concilia duas formações: Ciência e Tecnologia com especialização em Engenharia de Computação na Unifesp e Automação Industrial no Instituto Federal de São Paulo.
Além do estudo, Clara se dedica a projetos de impacto social. Um dos seus principais trabalhos utiliza realidade virtual para estimular a neuroplasticidade em idosos, minimizando os efeitos do envelhecimento. O projeto já conquistou prêmios importantes, como o pódio no ITA SPRINT 2024 e o reconhecimento entre os top 8 do Prêmio Inspirando Cuidado 2025, do Instituto Sabin.
Mesmo com tantas conquistas, Clara enfrentou desafios, incluindo o questionamento de sua capacidade intelectual por colegas e professores. Mas, em vez de desmotivá-la, isso a impulsionou ainda mais.
“Se tenho a mesma formação que um homem, o que me torna diferente? Esses desafios fortaleceram minha determinação e me fizeram buscar cada vez mais espaço”, afirma Clara.
A cientista também escreveu um artigo, em parceria com uma professora, sobre a importância da diversidade e inovação nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), defendendo um ambiente mais inclusivo para mulheres.
Atualmente, Clara faz parte da administração de um projeto que promove a equidade na educação, oferecendo plano de carreira e qualificação para jovens de baixa renda, além de incentivar meninas a ingressarem na ciência.
Apoio à participação feminina na ciência
Clara tem uma mensagem importante para as mulheres que desejam seguir na área:
“Acreditem no seu potencial e nunca se deixem limitar por estereótipos. Busquem conhecimento, se envolvam em projetos e construam uma rede de apoio. A competência não tem gênero, e nós, mulheres, temos tanto direito quanto qualquer outra pessoa de ocupar esses espaços e inovar”.
Com sua trajetória inspiradora, Clara mostra que barreiras podem ser superadas e que a presença feminina na ciência não é apenas necessária, mas essencial para o progresso e inovação.
Fonte: g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/
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