Os vereadores Eugênio Zwibelberg (Avante), Josué D’Menor (Podemos) e Júnior JR (Podemos), de Ubatuba, SP, foram afastados de suas funções na Câmara Municipal por determinação judicial, após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A decisão se baseia em indícios de que eles participavam de um esquema de rachadinha, em que exigiam parte dos salários de servidores indicados para cargos comissionados na prefeitura em troca de mantê-los empregados. Além dos três vereadores, a investigação aponta outras dez pessoas envolvidas, entre elas, parentes dos políticos.
A decisão do juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares inclui proibições adicionais, como a de frequentar a Câmara Municipal e de manter contato com qualquer pessoa associada ao caso. Os vereadores foram denunciados por usar de cargos e influência para organizar o esquema. Segundo o MP, a prática incluía ameaças e outras irregularidades para manter o esquema ativo. Em um dos relatos, Josué D’Menor é acusado de cárcere privado contra uma testemunha que havia se recusado a entregar parte do salário e ameaçado denunciar o esquema. Júnior JR, por sua vez, é suspeito de ligação com um investigado envolvido na morte de um motorista de aplicativo, que denunciara a rachadinha e foi encontrado morto em agosto de 2023.
Esta não é a primeira vez que os três parlamentares são afastados por conta das investigações. Em agosto de 2023, policiais civis e promotores apreenderam documentos e computadores nas casas e gabinetes dos vereadores, que foram suspensos de suas funções e proibidos de frequentar a Câmara. Em 2024, eles retornaram aos cargos por ordem judicial, mas sob restrições de contato com os demais investigados.
Em resposta, a Câmara Municipal de Ubatuba informou que, após a notificação oficial da Justiça, três suplentes assumirão os cargos. Em nota ao g1, Júnior JR afirmou estar tranquilo quanto às acusações, alegando que se trata de uma situação provocada por sua postura firme como vereador. A defesa dos demais envolvidos ainda não se manifestou.
O processo segue em segredo de Justiça, e o julgamento dos pedidos de afastamento definitivo dos vereadores está previsto até o final do ano.
Fonte: g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/
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