Quem teve dengue uma vez pode contrair novamente?
A dengue é uma das doenças mais prevalentes em várias partes do mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Com o aumento de casos e a constante preocupação em relação ao mosquito Aedes aegypti, muitas dúvidas surgem sobre como prevenir, tratar e entender a doença. A pergunta mais comum é: “Quem teve dengue uma vez pode contrair novamente?” Neste artigo, vamos esclarecer essa e outras dúvidas sobre a doença, a importância da prevenção e o impacto da dengue na saúde pública, com ênfase no Estado de São Paulo.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ela pode se manifestar de forma leve, com sintomas como febre, dores no corpo e mal-estar geral, ou evoluir para formas mais graves, como a dengue hemorrágica, que pode levar à morte. A doença é comum em várias regiões do mundo, principalmente no Brasil, onde são registradas altas taxas de incidência, principalmente durante o período de chuvas, quando os mosquitos encontram condições ideais para reprodução.
Quem pode contrair dengue?
Qualquer pessoa pode contrair dengue, mas ela é mais comum em áreas tropicais e subtropicais, onde o mosquito Aedes aegypti prolifera com mais facilidade. Além disso, a dengue pode afetar qualquer faixa etária, sendo mais grave em algumas situações, como para crianças e idosos. Para proteger a população contra o avanço da doença, o Governo do Estado de São Paulo tem intensificado as campanhas de conscientização e reforçado ações de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito.
É possível pegar dengue mais de uma vez?
A resposta é sim: quem já teve dengue uma vez pode contrair a doença novamente. Isso acontece porque existem quatro tipos de vírus da dengue conhecidos, chamados de sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Uma vez que a pessoa é infectada por um desses sorotipos, ela fica imune a ele, mas ainda pode contrair a doença caso seja infectada por outro sorotipo.
Imunidade e a segunda infecção de dengue
A imunidade adquirida após a primeira infecção com dengue é permanente para o sorotipo que causou a infecção. No entanto, como existem outros três sorotipos, é possível que uma pessoa seja infectada novamente por um vírus diferente. Essa infecção pode ser mais grave, uma vez que a resposta do sistema imunológico pode ser mais intensa, provocando complicações como a dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue. Por isso, é fundamental adotar medidas de prevenção para evitar a proliferação do mosquito e novas infecções.
O que é o sorotipo DENV-3 e como ele impacta a saúde pública?
O DENV-3 é um dos quatro sorotipos do vírus da dengue. Recentemente, ele tem sido mais identificado em diversas regiões, especialmente no Estado de São Paulo, onde houve um aumento de casos em 2024. A circulação do DENV-3 é uma preocupação, pois as pessoas que já tiveram dengue com outro sorotipo podem estar mais vulneráveis à infecção por esse novo sorotipo, aumentando o risco de complicações graves.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo tem monitorado de perto a circulação de todos os quatro sorotipos do vírus da dengue, utilizando Unidades Sentinela espalhadas pelo Estado. Essas unidades coletam amostras de indivíduos com suspeita de dengue para identificar o sorotipo em circulação e, assim, reforçar as estratégias de combate ao mosquito.
O impacto da dengue em São Paulo
Em São Paulo, até o dia 27 de janeiro de 2024, foram registrados 32.788 casos confirmados de dengue, além de sete óbitos. Esses números evidenciam a importância de intensificar as ações de prevenção e conscientização sobre a doença. O Governo do Estado tem adotado medidas para combater o avanço do Aedes aegypti e, ao mesmo tempo, esclarecer as principais dúvidas sobre a doença por meio do portal dengue100duvidas.sp.gov.br.
A eliminação dos criadouros do mosquito é essencial para reduzir a transmissão do vírus. Portanto, as autoridades recomendam que a população se envolva ativamente, realizando a limpeza de terrenos e locais propensos ao acúmulo de água parada, como quintais, caixas d’água, pneus, garrafas e vasos de plantas.
A vacina contra a dengue: O Brasil já tem produção nacional?
Atualmente, o Brasil importa as duas vacinas contra a dengue que são licenciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o Instituto Butantan, localizado em São Paulo, já está se preparando para produzir uma vacina nacional contra a doença, caso receba a aprovação da Anvisa. Essa vacina tem mostrado resultados promissores, com uma taxa de eficácia de 79,6% na prevenção da doença em pessoas que já tiveram a infecção anteriormente, além de proteger aqueles que ainda não foram infectados.
Quem pode tomar a vacina contra a dengue?
A vacina contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, especialmente para aqueles que residem em áreas com alta incidência de dengue. A vacinação é uma das principais formas de proteção contra a doença, pois pode ajudar a reduzir a circulação do vírus e a ocorrência de formas graves da doença.
Dengue pode matar?
Sim, a dengue pode ser fatal, especialmente quando evolui para formas mais graves, como a dengue hemorrágica ou a síndrome do choque da dengue. As formas graves da doença podem causar falência de órgãos e levar ao óbito se não forem tratadas adequadamente. O controle da doença, por meio da eliminação dos criadouros do mosquito e da vacinação, é crucial para evitar essas complicações.
Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas mais comuns da dengue incluem:
- Febre alta repentina
- Dor de cabeça intensa
- Dor atrás dos olhos
- Dores musculares e nas articulações
- Náuseas e vômitos
- Erupções cutâneas (manchas vermelhas na pele)
- Cansaço e mal-estar geral
Se você apresentar esses sintomas, especialmente após a picada de um mosquito em áreas com surtos, é importante procurar atendimento médico imediatamente.
Dengue, Zika e Chikungunya: Diferenças entre as doenças
Embora dengue, zika e chikungunya sejam transmitidas pelo mesmo mosquito, existem diferenças importantes entre essas doenças. A dengue causa febre alta, dores no corpo e erupções cutâneas, enquanto a chikungunya é caracterizada por dores intensas nas articulações, que podem durar semanas ou meses. Já a zika apresenta sintomas mais leves, como febre baixa e erupções, mas é particularmente perigosa para gestantes, pois pode causar microcefalia e outras complicações no feto.
Cuidados com os pets: O mosquito pode afetar os animais?
Embora cachorros e gatos não possam contrair dengue, é importante lembrar que o mosquito Aedes aegypti pode picar os animais, transmitindo doenças parasitárias como a dirofilariose, conhecida como “doença do verme do coração”. Essa doença pode afetar a saúde do animal e, se não tratada, pode ser fatal. Fique atento ao bem-estar de seus pets e consulte um veterinário se perceber sintomas suspeitos.
Conclusão
A dengue é uma doença séria, mas com as medidas de prevenção e conscientização, é possível controlar e reduzir seu impacto na população. Quem já teve dengue uma vez deve estar ciente dos riscos de contrair a doença novamente, especialmente se for infectado por um sorotipo diferente. A vacinação, a eliminação dos criadouros do mosquito e a conscientização da população são fundamentais para combater a disseminação da doença e evitar novas infecções. Fique atento às campanhas de prevenção e ajude a proteger sua família e a comunidade.
Prevenir a dengue está em suas mãos.
Quem teve dengue uma vez pode contrair novamente?
Fonte: agenciasp.sp.gov.br/
📞 Nossa Comunidade no Whatsapp: 👉 clique aqui
👍 Para seguir pelo Instagram: 👉 clique aqui
👍 Para seguir pelo Facebook: 👉 clique aqui