São José dos Campos continua a se consolidar como um dos maiores polos de inovação do Brasil, agora com mais um impulso para o setor de deep techs. Durante a 34ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), realizada no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) da cidade, o Sebrae lançou o segundo ciclo do projeto Catalisa ICT. A iniciativa visa apoiar startups de alta tecnologia, ou “deep techs”, que se destacam pela aplicação de pesquisa e inovação complexas em áreas como biotecnologia, engenharia, inteligência artificial e aeroespacial.
As deep techs são empresas que exigem conhecimento profundo e especializado para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Exemplos incluem startups como a Lookinside, que desenvolveu um aplicativo de telemedicina para prevenir amputações de pacientes diabéticos, e a Biolinker, que utiliza biotecnologia para acelerar a produção de proteínas essenciais à saúde, como insumos para vacinas.
São José dos Campos: Berço de inovações
A cidade é um dos principais centros para essas empresas devido à sua infraestrutura de pesquisa, universidades renomadas, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e o Polo Aeroespacial. Além disso, as deep techs enfrentam desafios únicos, como altos custos de pesquisa e desenvolvimento, a necessidade de grandes equipes especializadas e o acesso a capital de investidores. Nesse sentido, o apoio oferecido pelo Sebrae é essencial para garantir que essas empresas possam validar suas tecnologias, estruturar seus negócios e acessar investidores.
Thais Franco, cofundadora e CEO da Quasar Space, que atua no sensoriamento remoto por satélites, destacou a importância de acelerar a aplicação das tecnologias geradas nas universidades. “O que me fez empreender foi querer ver aplicadas, de forma mais rápida, as tecnologias que estavam sendo geradas na universidade. Na academia, isso acaba sendo mais demorado”, contou Thais, que, como doutoranda em Engenharia Aeronáutica, traz o expertise acadêmico para o mercado.
Catalisa ICT: Apoio para o futuro das deep techs
O projeto Catalisa ICT é uma das iniciativas que busca fortalecer esse ecossistema, proporcionando às deep techs o suporte necessário para enfrentar os desafios iniciais. O gerente de inovação do Sebrae, Paulo Renato Cabral, destacou que o apoio institucional e regulatório é crucial para o crescimento dessas empresas. “A deep tech é um processo longo e exige muito capital e equipe especializada, o que torna o apoio fundamental”, explicou.
Raimundo Lima, criador da BioUS, uma empresa de biopolímeros que transforma dejetos agropecuários em bioprodutos, afirmou que a migração da academia para o empreendedorismo é um dos maiores desafios. “Inovar já é um desafio. Inovar em ciência é um desafio ainda maior”, disse Lima, que agora aplica o conhecimento de sua pesquisa para transformar a indústria agropecuária.
Impacto na economia local e no Brasil
Com o apoio de projetos como o Catalisa ICT, as deep techs de São José dos Campos não apenas contribuem para a inovação local, mas também posicionam o Brasil como um player competitivo no mercado global de alta tecnologia. O lançamento do edital e o aumento de iniciativas de apoio são um reflexo da crescente importância dessas empresas para a economia nacional.
À medida que as deep techs se expandem e inovam, elas não apenas criam novas soluções para desafios globais, mas também geram empregos altamente especializados e contribuem para o crescimento de setores chave, como saúde, biotecnologia e aeroespacial. A presença de empresas como a Embraer e a Boeing na cidade também faz de São José dos Campos um polo atrativo para o desenvolvimento dessas startups.
Com o suporte contínuo de iniciativas como o Sebrae e a forte base de inovação da cidade, São José dos Campos se mantém na vanguarda das deep techs no Brasil.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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