7 de fevereiro de 2025

Taubaté entra na rota do Gaeco em ação contra grupo neonazista

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Taubaté foi palco de uma ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) para desarticular um grupo neonazista que vinha disseminando antissemitismo, promovendo discursos de ódio e planejando atos de violência. A operação, batizada de Operação Overlord, ocorreu nesta segunda-feira (21) e cumpriu mandados em cinco estados brasileiros, resultando na prisão de suspeitos considerados os principais líderes do grupo extremista.

Entre os cinco presos temporariamente está um militar ativo do Exército Brasileiro, acusado de participar de encontros neonazistas, e um homem suspeito de envolvimento em um homicídio. As investigações também revelaram que o grupo mantinha uma banda que se apresentava em eventos neonazistas em diversas regiões do Brasil.

A operação é coordenada pelo Gaeco de Santa Catarina, com apoio do Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas) do Ministério da Justiça. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Taubaté, Curitiba (PR), Cocal do Sul (SC), Jaraguá do Sul (SC), Pomerode (SC), Caxias do Sul (RS) e Aracaju (SE).

Os mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Urussanga, em Santa Catarina. Um dos alvos da ação é apontado como líder do grupo e estaria diretamente envolvido em um homicídio ocorrido em 2011, quando um jovem do movimento punk foi assassinado por motivos ideológicos.

O Gaeco informou que, embora os crimes atribuídos ao militar não estejam diretamente relacionados às suas funções, seu conhecimento em táticas de combate e armas de fogo representa um risco significativo para a sociedade.

Os membros do grupo se autodenominam “skinheads neonazistas” e utilizam como símbolo o Sol Negro, associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana. O símbolo, que contém um fuzil AK-47, reflete a glorificação da violência e a disposição do grupo para impor sua ideologia à força.

Além disso, foi identificado que o grupo realizava cerimônias de “batismo” para novos membros, com o objetivo de fortalecer os laços internos e reafirmar a adesão à ideologia extremista, o que é crucial para a coesão e expansão do grupo.

A Operação Overlord recebeu esse nome em referência à ofensiva aliada na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, um marco decisivo na luta contra o nazismo.

Fonte: sampi.net.br/ovale

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