Detento beneficiado pela “saidinha” é preso após roubo com refém em Caraguatatuba

Um detento que havia sido beneficiado pela “saidinha temporária” foi preso após realizar um roubo com refém em uma residência no bairro Porto Novo, em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. O crime, ocorrido nesta terça-feira (13), chocou moradores e resultou na detenção do suspeito e de mais dois comparsas.

Segundo relatos da Polícia Militar Ambiental, que estava realizando patrulhamento pelo bairro durante a execução do programa Atividade Delegada, o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) informou às viaturas sobre um roubo em andamento com reféns na localidade.

As equipes policiais rapidamente se dirigiram ao local e cercaram a residência, flagrando um grupo de homens tentando fugir em um carro prata e uma motocicleta. Ao receberem ordem de parada, os suspeitos tentaram escapar, mas o veículo foi interceptado próximo ao trevo do morro do algodão após um cerco policial.

Durante a abordagem, um dos indivíduos, um homem de 25 anos, abandonou uma arma de fogo no banco do passageiro. Além dele, outros dois homens, de 27 e 37 anos, foram detidos. No interior do veículo, os policiais encontraram joias em ouro avaliadas em mais de R$20.000, sete aparelhos celulares e outros pertences, além de uma segunda arma de fogo calibre 38.

As vítimas relataram momentos de terror durante o assalto. Um dos moradores, identificado como J.F.B, de 29 anos, descreveu que foi abordado por dois homens armados quando saiu para verificar um problema na energia da casa. Ele foi obrigado a deitar no chão, enquanto os criminosos o interrogavam sobre a presença de outras pessoas na residência, inclusive perguntando se havia algum policial entre eles.

Após invadirem a casa, os assaltantes agrediram violentamente três moradores, incluindo uma criança de quatro anos que sofre de epilepsia e foi ameaçada de morte. A ocorrência foi apresentada na Delegacia Central de Caraguatatuba, onde o Delegado de Plantão elaborou boletim de ocorrência de roubo, mantendo os autores presos à disposição da Justiça.

O incidente ressalta a preocupação em torno do uso da “saidinha temporária”, um benefício que tem sido objeto de debates quanto à sua eficácia e segurança para a sociedade.